quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

denoite na cidade
de luzes de papel
um corvo reluzente
no céu de brigadeiro
fingindo não notar
a flor que desabrocha
tão certo quanto o mar
eterna como rocha

um sopro de silêncio
gelado na espinha
nem sempre é tão ruim
ás vezes faz sentido
talvez se eu não soubesse
das possibilidades
eu não me preocupasse
com a continuidade

e o corvo lá voando
não viu a flor morrer
e renascer das cinzas
sem dar explicação
e o corvo lá voando
tão pouco vai dizer
pois já não mais importa
já vai amanhecer.