terça-feira, 19 de abril de 2011

‎"Nossos gestos nada são
senão a expressão
de uma inquietação natural,
assim intrínseca,
linguagem corporal,
mais verdadeira
que qualquer palavra proferida."
Quero ouvir o entre-som de tudo,
espaço vazio que reside entre cada ruído,
eu quero ouvir a pausa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desde criança
eu desconfio
do jeito de ser
e dessa inventada convenção
de ser assim, assado
cozido ou frito
ou não

Quando eu reparo
que nada disso
tem nenhum porque
que tudo isso é alienação
me angustia
toda essa obrigação
em vão

Porque a gente é bem mais
ou bem menos,
mas igual,
não.

domingo, 3 de abril de 2011

Existe diferença entre as coisas como são,

as coisas como deveriam ser,

e as coisas como você as vê.

Ninguém pensa nisso,

mas tão pouco sabemos

desta nossa condição,

humana assim,

animal assim,

que nossas certezas

são tão vazias quanto nossa razão.

Tudo o que sei,

é que nada sei.